Whatever...

Now it's just too late
And we can't go back
I'm sorry
I can't be perfect
(Perfect - Simple Plan)

Se chorar emagrecesse, neste momento eu já estava para lá de thinspo. Não, não estou deprimida (ou pelo menos recuso-me a aceitar que estou), mas a verdade é que já não consigo segurar as lágrimas. Choro por tudo. Choro por nada. Choro por coisas tão insignificantes que se as dissesse a alguém diziam que estou louca (mais do que já sou). Atenção que não me estou a queixar, muito pelo contrario. Gosto de chorar. Chorar deixa-me aliviada, leve. Faz-me sentir como se todo o peso do mundo fosse tirado de cima dos meus ombros. Faz-me sentir livre. Livre como o vento, livre como o mar.

Mas o melhor é mesmo deixar-me de melodramas. Pesei-me no sábado. Não queria mas ainda bem que o fiz. Lembram-se de ter dito que não conseguia manter a comida fora da boca? Bem, duas semanas de literal "enfardamento" deram dois quilos de resultados. E onde esta o "ainda bem que o fiz" disso? De facto, toda esta situação fez-me perceber que não posso ficar tanto tempo sem me pesar mesmo que o medo dos números da balança seja imenso. Isso deixa-me desleixada e, de certa forma, ainda mais frágil.

Por tudo isso, decidi entrar com a Polly na dieta "Where's lunch?" que consistia em tomar o pequeno almoço, para activar o metabolismo e o jantar. Tenho orgulho em dizer que consegui cumprir a dieta, pelo menos durante três dias (estou a fazê-la à quatro) e já voltei aos meus ricos 48, mas ontem, bem, ontem foi o descalabro total, o culminar do meu auto-controle.

A minha mãe refilou (como de costume) com o facto de o meu jantar ser uma sopa e alguns legumes. Chegou ao ponto de me dizer que eu estou a ficar cadavérica (*mãe já olhaste para as minhas pernas?*) e dizer que ia ficar com anorexia. Disse também, que a partir de agora, se vai levantar para me preparar o pequeno-almoço, que é sempre chá e (supostamente) bolachas, porque desconfia que eu não como na escola. Posto isto, e depois de muita discussão, quando me ia deitar ela mandou-me comer. Eu fui. Fui porque não a queria ouvir, e porque me estava a sentir fraca. Agora imaginem o que é apanhar-me na cozinha, sozinha, e a poder comer o que me apetecesse. Tostas, bolachas, queijo, manteiga, doce, até molhos eu consegui meter ali no meio (e não me perguntem como). Se engordei? I don't know. Ainda não me pesei, mas vou fazê-lo.

Falando de outros assuntos, mais propriamente o assunto do post passado, agradeço todos os comentários que me deixaram, do fundo do coração. Como ficaram as coisas? Não ficaram. Antes que eu tivesse a oportunidade de ir falar com ele (sim, eu, porque ele já fez a parte que lhe competia), chateamo-nos. Isso mesmo, por os motivos mais idiotas e, principalmente, por minha causa. Mas agora já esta tudo nos eixos. Conversamos e, eu achei por bem não puxar aquele assunto, visto que estávamos em fase de reconciliação.

Tenho que dizer que o momento foi magico. Ficamos cerca de meia hora sentados, quietos, agarrados um ao outro. Conversamos, pusemos os pontos nos "is", fizemos confissões e, por momentos desejei que nunca tivéssemos que sair dali (se não fosse pela chuva e pelo frio --")...

So, I think I'm done. Desculpem a extensão, mas sei lá, quando venho aqui, salvo raras excepções, parece que consigo dizer tudo num segundo...
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Prometo que vos vou visitar o mais tardar Sábado. Até lá, muita força, muito animo, muita coragem, muito auto-controle e, acima de tudo, muito amor próprio.
L. <3